“ (…) O mestre não se fez para rir; é de facto um mestre aquele de que os outros se riem, aquele de que troçam todos os prudentes e todos os bem estabelecidos; pertence-lhe ser extravagante, defender os ideais absurdos, acreditar num futuro de generosidade e de justiça, despojar-se ele próprio de comodidades e de bens, viver incerta a vida, ser junto dos irmãos homens e da irmã natureza inteligência e piedade; a ninguém terá rancor, saberá compreender todas as cóleras e todos os desprezos, pagará o mal com o bem, num esforço obstinado para que o ódio desapareça do mundo; não verá no aluno um inimigo natural, mas o mais belo dom que lhe poderiam conceder (…) ”.
(Agostinho da Silva, “Ir à Índia Sem Abandonar Portugal; Considerações; Outros Textos”, 2, 15, edição da Assírio & Alvim, Lisboa, 1994)
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