quarta-feira, 21 de julho de 2010

Poesias vindas de Portugal... MIGUEL ÂNGELO TRINCHANTE


Foto: Lisboa



ACREDITO MAS NAVEGO,
CREIO E CONSIGO,
CORRO MAS DESLIZO,
ANDO E NÃO FINGO.

AMO MAS NÃO VEJO,
VEJO MAS NÃO AMO.

SINTO E NÃO CHEGO,
OLHO MAS NÃO CHEGA,
PENSO, CORTO A META,
TESTIFICO A PALAVRA CERTA.

MIGUEL ÂNGELO TRINCHANTE
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CARNE E ESPÍRITO

DESÇO NOS TEUS LEITOS,
ESCORREGANDO ENCANTADO,
MARAVILHAS PRESENCIO,
DEVERAS TRANSFORMADO.

NO VALE DO PARAÍSO,
DELÍCIAS MIL ENCONTRO,
DELEITO-ME NO TEU SISO,
ESCONDO-ME NO TEU TRONCO.

SUBO À PRIMAVERA,
ACABADO DE DESCER DO VERÃO,
JÁ SENTINDO A ATMOSFERA,
VEM AI O SÃO JOÃO.

NO AUGE DA FELICIDADE VIVI,
AO CÚMULO DA TRISTEZA ATINGI,
A TODAS ELAS SOBREVIVI,
POIS A SABEDORIA ATINGI.

MIGUEL ÂNGELO TRINCHANTE
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ALMA

PELAS CONFLUÊNCIAS DE SATURNO CAMINHO,
FINGINDO QUE NÃO SINTO A TERRA,
LÁ EM CIMA TUDO VAI CERTINHO,
CÁ EM BAIXO TUDO ME ESPERA.

NA MADRUGADA QUERO TER O QUE NÃO TENHO,
ATINGIR O EXPLENDOR, E SER O QUE NÃO SOU,
AMANHECE E PERCORRO A LIMITAÇÃO DO EMPENHO,
NO TÉRMINO DA ETAPA ESPERANÇADO ESTOU.

NA PELE DA CRIAÇÃO EU ME INTERROGO,
O PORQUÊ DE CADA SEGUNDO VIVIDO?
OUTRA VEZ NA ESPERANÇA ME AFOGO,
SEM NUNCA, TER SABIDO.

AS LINHAS SÃO A RAZÃO QUE SUSTENTA O MEU SER,
OS CRUZAMENTOS DIRÃO O CAMINHO A PERCORRER,
NA MÃO DIVINA EU ME SOLICITO,
AQUI, AGORA E SEMPRE, DEVO E ACREDITO.

MIGUEL ÂNGELO TRINCHANTE

Um comentário:

Ana Wolfart disse...

Aprecio este olhar sobre cada detalhe...Parabéns!