Filho de José e Sara Scliar, Moacyr nasceu no Bom Fim, bairro que concentra a comunidade judaica. Em 1955, passou a cursar a faculdade de medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre (RS), onde se formou em 1962. Em 1963, inicia sua vida como médico, fazendo residência em clínica médica. Trabalhou junto ao Serviço de Assistência Médica Domiciliar e de Urgência (SAMDU), daquela capital. Publica seu primeiro livro, “Histórias de um Médico em Formação”, em 1962. A partir daí, não parou mais. São mais de 67 livros abrangendo o romance, a crônica, o conto, a literatura infantil, o ensaio, pelos quais recebeu inúmeros prêmios literários. Entre suas obras mais importantes estão os seus contos e os romances A estranha nação de Daniel Mendes, O ciclo das águas, O exército de um homem só e O centauro no jardim. Em 31 de julho de 2003 foi eleito, por 35 dos 36 acadêmicos com direito a voto, para a Academia Brasileira de Letras, na cadeira nº. 31, ocupada até março de 2003 por Geraldo França de Lima. Algumas de suas editoras são Ática, Moderna, Global, Companhia das Letrinhas, Atual, Scipioene, Objetiva, Artes&ofícios entre outras e também dos principais meios de comunicação da mídia impressa a Folha de São Paulo e Zero Hora.
Scliar morreu por volta da 1h do dia 27 de fevereiro de 2011, aos 73 anos, de falência múltipla dos órgãos. Na esplanada do cemitério do Centro Israelita em Porto Alegre, parentes e amigos acompanharam quatro discursos fúnebres do irmão Wremyr Scliar, do cunhado Ruben Oliven, do amigo Abraão Finkelstein e do rabino.
“Mico. Nunca conheci ninguém com este apelido. Na minha rua havia um Mike, e depois tive um amigo chamado Micão, mas Mico, de macaco, era só eu. Por causa deste apelido, acho, nunca pude me levar a sério. Felizmente. Nada mais chato que um sujeito que se leva inteiramente a sério.”
Memórias de um aprendiz de escritor
Moacyr Scliar
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